O prefeito de Campo Mourão, Douglas Fabrício, solicitou nesta semana a retirada do projeto de lei que tratava do Plano de Mobilidade Urbana, em tramitação na Câmara de Vereadores. A proposta havia sido tema de debate recente no Legislativo e previa investimentos que, segundo o gestor, poderiam comprometer outras áreas essenciais.
Douglas justificou a decisão destacando o alto custo do projeto, estimado em quase meio bilhão de reais. Para ele, a execução nos moldes atuais poderia inviabilizar investimentos em setores considerados prioritários. “É muito dinheiro e, como gestor, tenho que eleger prioridades. Esse projeto prevê um gasto de quase meio bilhão de reais e nós não temos como arcar com isso nesse momento sem causar um grande prejuízo nos serviços e projetos que também são prioridade para a nossa população”, afirmou.
O prefeito reconheceu que poderá receber críticas pela retirada, mas ressaltou que a medida é uma forma de respeitar compromissos assumidos com a comunidade. “Meu pai me ensinou que é necessário cumprir a palavra. Se esse projeto for aprovado como está, não teremos condições de viabilizá-lo. Eu não posso aceitar que a população pense que vamos fazer, já sabendo que não será possível”, disse.
Outro ponto levantado pelo gestor foi a falta de consenso em torno do tema. Douglas lembrou que o plano foi discutido na legislatura passada, com outra composição de vereadores e do Executivo. “Acredito que precisamos, juntos, nos debruçar sobre esse tema para que encontremos uma solução viável e que realmente possa ser colocada em prática”, ressaltou.

Apesar da retirada do projeto, o prefeito enfatizou que o trânsito e a mobilidade urbana seguem como prioridades da gestão, e que ações pontuais devem ser implementadas para melhorar a trafegabilidade e a circulação de pessoas na cidade.