Apesar de sua ampla celebração, Corpus Christi não é um feriado nacional oficial, de acordo com a legislação brasileira
Celebrado por milhões de católicos em todo o mundo, o Corpus Christi é uma das datas mais tradicionais do calendário religioso. A expressão em latim significa “Corpo de Cristo”, e a data tem como principal objetivo celebrar o mistério da Eucaristia, ou seja, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.
A festa foi instituída pela Igreja Católica no século XIII, mais precisamente em 1264, pelo Papa Urbano IV, após relatos de milagres eucarísticos e com o intuito de reforçar a fé dos fiéis na presença real de Cristo na hóstia consagrada. Desde então, Corpus Christi passou a ser celebrado sempre na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, ocorre no domingo seguinte ao de Pentecostes. Por isso, a data é móvel e varia de acordo com o calendário litúrgico.
No Brasil, a tradição chegou com os colonizadores portugueses e se consolidou ao longo dos séculos como uma importante manifestação de fé. A famosa confecção de tapetes coloridos nas ruas por onde passa a procissão é uma marca cultural da data, reunindo comunidades inteiras em diversas cidades do país.
Apesar de sua ampla celebração, Corpus Christi não é um feriado nacional oficial, de acordo com a legislação brasileira. O que ocorre é que muitos estados e municípios instituíram a data como feriado local ou ponto facultativo, com base em leis específicas ou acordos sindicais. Assim, a adesão ao feriado pode variar de cidade para cidade.
Além da dimensão religiosa, a data também movimenta o turismo e a economia local, especialmente em cidades onde os tapetes de Corpus Christi atraem visitantes de várias regiões. É o caso de municípios como Ouro Preto (MG), Castelo (ES), e Santana do Parnaíba (SP), que se destacam pelas celebrações grandiosas.
Mais do que um dia de descanso, Corpus Christi é um momento de reflexão espiritual para os católicos, que celebram a presença viva de Cristo na Eucaristia e renovam sua fé por meio da oração, da missa e das tradicionais procissões.
Fontes: CNBB, Vaticano, Arquidioceses regionais.
