Neste ano, Campo Mourão já contabilizou nove assassinatos, representando quase 50% do total de 2024, que fechou com 20 homicídios. A Polícia Civil tem se empenhado nas investigações para tentar prender os responsáveis. No entanto, quando os crimes estão associados ao tráfico de drogas – que é a motivação da maioria deles –, a dificuldade para a polícia aumenta, segundo o delegado-chefe da 16ª Subdivisão Policial, Nilson Rodrigues. “A maior dificuldade para resolver os crimes de tráfico de drogas é conseguir informações de testemunhas. Ninguém se sente à vontade para revelar o que sabe”, comenta o delegado. Mesmo assim, de forma anônima, algumas pessoas ajudam as equipes de investigação. O delegado expressa sua gratidão por esse suporte externo, que é fundamental para esclarecer os crimes contra a vida. “Enquanto muitos se mantêm em silêncio por medo, há outros que são corajosos e colaboram bastante. Dos oito homicídios e um infanticídio que ocorreram, quatro já foram solucionados, em grande parte graças ao auxílio de cidadãos anônimos, aos quais somos muito gratos”, reconhece o delegado. Nos casos que já foram esclarecidos, a polícia está elaborando os inquéritos para solicitar as prisões preventivas ao judiciário. Até agora, ninguém foi detido. “As investigações dos crimes que ainda não têm solução já avançaram, com nomes e endereços de suspeitos. Estou certo de que em breve teremos respostas para todos esses homicídios. As pessoas não aguentam mais”, declarou. Rodrigues também aconselha aos moradores a instalarem câmeras de segurança nas residências, já que elas não apenas ajudam na proteção dos lares, mas também facilitam a identificação de criminosos pela polícia. “Aqueles que podem colocar câmeras de alta qualidade devem saber que isso é muito útil. Muitos crimes são resolvidos com imagens capturadas de suspeitos transitando nas ruas, seja a pé, de moto ou em veículo. Por isso, reforçamos que o apoio da comunidade é essencial para a polícia.”
Fonte: Ta Sabendo

