
A equipe de polícia fazia rondas no Jardim Lar Paraná quando avistou um carro VW/GOL em alta velocidade que, ao chegar no meio da quadra, fez uma frenagem brusca, fazendo com que os pneus arrastassem.
O motorista deu ré para voltar à esquina, o que representou um risco devido à presença de várias pessoas próximas à via e de outros veículos.
Por isso, sinais luminosos e sonoros foram utilizados para ordenar que parasse, e a ordem foi obedecida.
Ao se aproximar do automóvel, a equipe percebeu que havia uma criança na cadeirinha no banco de trás. Devido à frenagem, a criança estava presa entre a cadeirinha e o banco do passageiro da frente, pressionada por uma caixa de som que se movia do porta-malas para o assento dianteiro, chorando de dor e medo do que estava acontecendo.
Quando foi dada voz de abordagem ao motorista, ele se negou a sair do carro, o que levou a um contato físico para retirá-lo do interior do veículo. Nesse momento, claramente embriagado (com comportamentos agressivos, fala arrastada e odor de álcool), ele puxou a criança de forma abrupta da cadeirinha e a colocou entre ele e o policial para evitar ser abordado, obrigando a equipe a separá-los para garantir a segurança da criança. O motorista continuou a resistir, envolvendo-se em uma luta corporal com os policiais, sendo necessário o uso de força moderada para imobilizá-lo no chão e realizar a busca pessoal, além da aplicação de algemas para conter sua resistência.
Nenhum item ilegal foi encontrado com ele. O condutor estava bastante alterado, demonstrando evidências de embriaguez e/ou uso de drogas, e em nenhum momento cooperou com a equipe, apenas insultou os policiais e acusou-os de agredir sua filha que estava com ele no carro. A criança no veículo forneceu seu nome e confirmou ser filha do condutor, um homem de 24 anos, e mencionou que estivera em um bar com ele, mas estava extremamente assustada com a situação. O motorista não quis informar à polícia quem era a mãe da criança, levando à necessidade de contatar o Conselho Tutelar, que compareceu ao local e acompanhou a criança, a qual informou o endereço de sua residência, localizada no conjunto Mendes, onde foi deixada sob a responsabilidade da conselheira. O carro VW/GOL estava registrado no nome da mãe da criança e encontrava-se regular, por isso foi liberado.
O condutor foi convidado a fazer o teste do etilômetro, mas se recusou. Havia várias pessoas no local que testemunharam o ocorrido e relataram que o condutor já havia passado duas vezes em alta velocidade, dirigindo de maneira perigosa, sendo identificadas duas pessoas como testemunhas. Diante do ocorrido, o motorista foi levado à 16ª SDP da polícia civil para as devidas providências.