
A Secretaria Municipal de Saúde da prefeitura de Campo Mourão adotou, desde o mês de julho, uma nova metodologia para monitoramento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. Trata-se de armadilhas denominadas ovitrampas, estratégia implantada pelo Ministério da Saúde que visa substituir o LIRA. A informação foi repassada durante reunião do Comitê Gestor da Dengue, realizada nesta quinta-feira (7), no Sesc.
As armadilhas funcionam como um criadouro para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos. Após a instalação, as unidades são vistoriadas periodicamente pelos agentes de campo, contando e identificando a quantidade de ovos encontrados em cada ovitrampa.

Esse dado representa a densidade do vetor nas áreas urbanas e permite que as ações de combate sejam direcionadas com maior precisão.
A nova metodologia tem permitido uma análise mais frequente da infestação e o redirecionamento das equipes para áreas com maior densidade do vetor. Nessa fase inicial foram colocadas 243 armadilhas em Campo Mourão, com base nas informações do sistema que monitora a incidência de infestação.
“Com o LIRA os agentes coletavam as larvas encontradas nos imóveis. Com as ovitrampas são trazidos ovos do mosquito, que além de servir para gerenciar o trabalho, são retirados do ambiente impedindo sua eclosão”, esclarece a coordenadora de campo, Marinalva Ferreira da Luz.
Ainda durante a reunião foram repassados os números sobre as ações em Campo Mourão. Atualmente constam 109 casos positivos de dengue e 15 de Chikungunya. Existem três tipos do vírus em circulação no Paraná: DEN-1, DEN-2 e DEN-3. A reincidência da dengue pode agravar os sintomas, podendo desenvolver a forma grave da doença.