
A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão divulgou, nesta segunda-feira (19), os resultados atualizados do Levantamento de Índices Rápidos para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em maio. O estudo revela um aumento na taxa de infestação do mosquito transmissor da dengue, que passou de 3,6% em março para 4,7%.
Dos 1.853 imóveis vistoriados nas 46 localidades mapeadas, 127 apresentaram focos de Aedes aegypti, o que representa 6,85% do total. A pesquisa identificou 22 áreas com alto índice de infestação, 8 com índice médio e 16 com baixo índice. Entre as localidades com maior concentração de focos estão os jardins Albuquerque (16,67%), Indianópolis (15,22%) e Aeroporto (13,46%).
Os principais locais de infestação seguem sendo as residências (77,98%), seguidas por terrenos baldios (5,91%). A maior parte dos focos foi encontrada em lixo reciclável (43,50%), seguido de vasos, bebedouros e pratos de plantas (28,30%); e piscinas, tambores e caixa de gordura (14,01%). Esses dados reforçam a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito, especialmente nos quintais das casas.
A coordenadora-geral do trabalho de campo do Programa de Combate à Dengue, Marinalva Ferreira da Luz, destacou a importância do trabalho contínuo de orientação e eliminação de focos. “As nossas equipes já foram encaminhadas às localidades com maior índice de infestação, onde realizamos orientação em saúde, eliminação de focos e vistoria geral. A cada 10 casas vistoriadas, 4 ou 5 apresentam focos do mosquito. Por isso, orientamos que os moradores verifiquem seus quintais pelo menos duas vezes por semana, evitando qualquer acúmulo de água”, afirmou.
Atualmente, Campo Mourão registra 50 casos confirmados de dengue, sendo um caso importado, e 3 casos de Chikungunya, dos quais um foi registrado na cidade e os outros dois são importados. Marinalva também alertou que a dengue deixou de ser uma doença sazonal e pode ocorrer durante todo o ano, devido à proliferação constante do mosquito.
“É importante frisar que a erradicação da dengue é um desafio, já que um mosquito pode depositar até 400 ovos. No entanto, todas as ações de prevenção, como caminhadas ecológicas, palestras, bloqueios de transmissão, pulverizações costais e nebulização em BRI, estão sendo realizadas com a maior frequência para conter a disseminação da doença”, completou Marinalva.